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  • Foto do escritorSandra Pedro

Inteligência Emocional: a competência do Presente e do Futuro

A Inteligência Emocional é a competência pessoal e profissional “eleita” pelas maiores consultoras e universidades internacionais como sendo A COMPETÊNCIA do Presente e do Futuro, seguindo-se o autoconhecimento e a colaboração.


As pressões sociais e económicas sobre os líderes de negócios levam a que a inteligência emocional seja a aptidão cada vez mais valorizada, sobrepondo-se à capacidade de obtenção de resultados. São já muitos os dirigentes empresariais em todo o mundo que já perceberam que o foco apenas direcionado para os lucros deixou de ser sustentável.


Hoje, o foco centra-se na relação com as partes interessadas; em saber relacionar-se com os outros; no equilíbrio entre vulnerabilidade e autoridade; em perceber o impacto das emoções no dia-a-dia; em lidar com pessoas e situações desafiadoras; em inspirar e gerir pessoas…


O mercado de trabalho está, atualmente, sob uma enorme pressão. Desde o movimento da Grande Demissão até à Demissão Silenciosa, são cada vez mais as pessoas que deixam os seus empregos por se sentirem aprisionadas a um trabalho sem significado. São também cada vez mais as pessoas que denunciam casos de abuso moral e ambientes tóxicos e que, por isso mesmo, começam a fazer mudanças nas suas vidas.


Nos últimos anos, têm surgido vários estudos que mostram que os líderes com maior nível de empatia, autoestima e espiritualidade conduzem as suas equipas a produzir mais e, consequentemente, a obterem melhores resultados para as suas empresas. Porquê? Devido à qualidade de relacionamento que se gera. Aliás, estes trabalhos de investigação revelam que a Felicidade está diretamente relacionada com o sucesso profissional.


Então, se assim é, porque é que é tão difícil mudar mentalidades e comportamentos. Porque somos seres de hábitos - ou melhor, de informações geradas pelas emoções que geram conexões mentais e, destas, programas na mente e no corpo. Desde a Revolução Industrial que fomos programados para a competição, para a “lei do mais forte” e que para “Ser é preciso Ter”. Muitos de nós ainda vivem sob essa ótica.


A evolução é inevitável. Ao longo da história, houve momentos de grandes mudanças culturais, sociais e, consequentemente, económicas. Estamos a viver um desses momentos de mudança em termos de mentalidades e de comportamentos. Isso é também evidente quando se verifica uma tendência crescente de empresas que valorizam de forma real a diversidade, a inclusão e a equidade nos locais de trabalho.


Por exemplo, um estudo conduzido pela BetterUp1 mostra que as empresas com ambientes de trabalho positivos, saudáveis, inclusivos e diversificados registam um aumento de 56% da produtividade, uma diminuição para metade do turnover e uma queda de 75% de ausências por motivos de doença. Gallup aponta que mais de metade dos colaboradores apenas executam as tarefas que lhes competem na sua função.


Quando os colaboradores se sentem valorizados, quando o seu trabalho e ideias são reconhecidos, quando se sentem seguros a nível emocional, psicológico e financeiro, quando têm oportunidaes de desenvolvimento pessoal e profissional dão sempre o seu melhor. Isto porque lhes é dada liberdade de pensamento, criatividade e inovação. E, claro, este tipo de ambientes geram mais confiança, transparência, melhores relacionamentos e… consequentemente, melhores condições de trabalho e resultados empresariais.


Vamos aproveitar o facto da inteligência emocional e da colaboração serem duas competências cada vez mais valorizadas?


Ambas requerem autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Para nos relacionarmos com os outros de forma harmoniosa, temos de equilibrar a relação connosco mesmos primeiro. Perceber as nossas emoções, como e porque surgem. Perceber o que é verdadeiro para cada um de nós e distinguir isso das múltiplas normas que a sociedade continua a impor-nos.


Os ambientes de trabalho nada mais são do que o reflexo das pessoas que os compõem. É certo que as lideranças têm uma grande responsabilidade na condução dos relacionamentos e dos resultados. Mas, também é certo que a responsabilidade está em cada um de nós, em melhorarmos o ambiente onde estamos inseridos. Só existe pertença, inclusão, diversidade e equidade quando deixarmos de viver na polaridade do certo e errado, bom e mau, grande e pequeno, muito e pouco, líder e subordinado, vencedor e vencido, ganho ou perda…


Lembrem-se que a Felicidade vem do conhecimento que temos de nós mesmos e na forma como percepcionamos aquilo que experienciamos ao longo da vida. E que ela impulsiona o nosso sucesso profissional e bem-estar.


Assumam a responsabilidade pela vida que criaram e pela vossa felicidade e escolham diferente, se a direção que tomaram vos desagrada. Permitam-se viver com mais empatia, amor, vulnerabilidade, amorosidade, permissão, gratidão, respeito e confiança por vocês primeiro, pois só podem dar aos outros aquilo que existe em vocês.


Sejam Felizes!

E assim já é!



Artigo publicado em RH Magazine: https://tinyurl.com/4njvucfp

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